sábado, 18 de fevereiro de 2017

Por ser um dia cinza o II Movimento da 7ª do Beethoven parece dançar no sangue feito labirinto, e por parecer chover, prefiro mais as madeiras desta peça ao avião que corre escondendo-se por detrás daquele prédio de mais de vinte andares

E por ser enérgica, pulsante mesmo quando escrita em condições de efemeridade do autor nos idos de 1811-1812 e apresentada apenas em 1813 sob presença do próprio compositor em homenagem aos soldados austríacos feridos na guerra de Hanau, esse Allegretto me coloca sempre diante dessa sensação não descritiva de que nem sempre um movimento traduz o que pretende-se na gênese. Afinal, que sentido, qual direção aponta tão robustas frases musicais apresentada em micro melodias marcadamente ritmadas e repetitivas?





Sinfonia no. 7 in A Maior Op. 92 II Allegretto, Filarmônica de Viena.
Regência: Leonard Bernestein

3 comentários:

  1. Eh o Coldplay dessa geração, vc não sabe se fica feliz,triste ou se só chora no seu canto kkkkkkkk

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  2. no caso aqui varia entre estado contemplativo e eufórico, por vezes nos mesmos momentos sem saber em qual emoção embarcar pq o coração eh um só

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  3. Essa música mexe comigo, eu não sei o que sentir, tristeza, alegria, sossego, se grito, ou se me encolho num canto e choro. São muitos sentimentos despertados por um movimento brilhante.

    Ps. Na minha humilde opinião, esse é de longe o movimento mais belo dentre todas as sinfonias.

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